segunda-feira, 26 de março de 2012

A mesma trilhagem

No trecho da estrada de chão onde percorre um trem, sempre com a mesma trilhagem, os mesmo horários, ate dias combinados. Por dias ai, pudeste encontrar malabares, fugitivos ou ate mesmo certos perdidos. Cada um com a sua história, com teu meio de vida, segue em frente ali o mesmo caminho.
Encontros talvez podem ocorrer, trocas de ideias e comentários de experiencias difíceis, na hora de dor se torna um grande amigo. E sempre, sempre a mesma trilhagem. O barulho do trem serrilhando os trios, a fumaça expandindo pelo ambiente, pessoas aflitas a chagada ao lugar, o mesmo caminho.
Por mais que tentaste fugir, tentaste ir além ou ate mesmo retornar alguns passos, não haverá como fugir. Esta marcado ali com a presença de sua alma que segue diante dos caminhos de seu coração, de sua maneira, independente de qual quer vontade. É sempre ali, o mesmo caminho em que deve se seguir.
Passado marcado ao longo da vida, entre eles se vê desvios, erros, paradas e descanses. Corpos cansados, seguiram descalços ao longo andado, se ferem mais. Corpos vivos, repletos de esperanças e fé, mais sedentos.  Corpos, corpos, corpos... Diferentes almas, não importa, não a como fugir, é sempre assim o mesmo caminho...

Nayara Alvim.

domingo, 25 de março de 2012

Quando entregue aos maiores excessos, sentiu em sua alma aquela singular vibração que o fez voltar a si e compreender que a felicidade estava alhures, que não nos prazeres enervantes e fugitivos. 

Autor Desconhecido. 

Doses

Uma, duas, três mil doses.
Eu preciso. 
Porto seguro, minha ponte, uma chance.

Laços inquebráveis, nós cegos.
Preso a costura da vida em que nos uniu. 
Tamanha dependência.

Uma dose por favor.
Uma dose de você, do seu carinho, do seu amor.
Uma dose de toda sua ignorância, de sua insegurança.

Desapegar, me desprender.
Naufrago de vidas bem vividas, feito de amores concretizados. 
Rio em que atravessasse durante a dor. 

Uma, duas, três mil doses.
Eu preciso.
Passado, presente, futuro sabe se lá. 


Nayara Alvim.

domingo, 18 de março de 2012


Poço de insegurança

A encruzilhada da vida é algo que nunca conseguirei dar por acabado. É feito de remorso, dor, destruição. É se perder várias vezes para ter a obrigação de se achar novamente, ou melhor tentar se achar. Porque a tempos que não se é possível.
Feita de mudanças repentinas,de um terrível passa tempo. Nos ilude com o bem, dando nos em troca o mal. 
O poço onde me atirar-te várias vezes esta cada vez mais fundo, traiçoeiro. É tudo tão tenebroso.
Não é percebido mudanças de boa fé, apenas vejo alavancas que desdém os pobres sentimentos. Que insiste em quebrar cada pedacinho do que é chamado de coração. 
A questão já não é mais querer e sim conseguir suportar, a esperança se escassa a cada instante. O fim e o começo de tudo, começa com dor.
- Chorar 
- O que?
- Se tornou um gosto. 


Nayara Alvim.

A flor do sonho

A flor do sonho, alvíssima, divina
Miraculasamente abriu em mim,
Como se uma magnólia de cetim
Fosse florir num muro todo em ruína...

Pende em meu seio a haste branda e fina.
E não posso entender como é que, enfim,
Essa tão rara flor abriu assim!
Milagre, fantasia ou talvez... sinal.

Ô flor, que em mim nasceste sem abrolhos, 
Que tem que sejam tristes os meus olhos
Se eles são tristes pelo amor de ti!

Desde que em mim nasceste em noite calma, 
Voou ao longe a asa da minha alma
E nunca, nunca mais eu me entendi.

Florbela Espanca .

sábado, 10 de março de 2012


Você pertence a mim

É o eterno cliché, você, eu, sonhos, pensamentos, delírios e lembranças.
Olhar para o céu, enxergar o brilho do luar , ver de longe pontos brancos e azuis marcando todo o caminho, e lembrar, lembrar de você.
Caminhar a distancia, sem trilhagem, sem destino, você.
Ficar em silencio, com pensamentos tortos, questões e duvidas insanas, você.
Enxergar os arredores o familiar, correr ate me cansar com toda e qual quer esperança, um encontro, um reencontro de nossos corações, ate mesmo me enganar, talvez você.
Falar paralelamente sem ponto e nem virgula, depois um silencio e uma gargalhada evacuando o lugar quieto, você.
Ler o que se trata de amor, escapar de meus olhos a marca da saudade, você.
Noites perdidas de sono, marcas nos olhos do cansaço e da exaustão, choros repentinos a qual que instante, você.
Sarcasmo, ironia, piadas e sorrisos, você.
Tanto tempo se passara e nada mudou, marcas em mim fora deixado, o que se viveu se tornou concreto.
Não morreu, não acabou, não se passou, permanece vivo a todo instante. Você. 


Nayara Alvim.

terça-feira, 6 de março de 2012