segunda-feira, 11 de junho de 2012
sexta-feira, 8 de junho de 2012
Lá esta
Esses picos de humor que me destabilizam completamente, a alguns meses eu ainda estava bem. Controlada e realista, mas de uns dias para cá andei materializando de mais os meus sonhos, ocupando-os mais do que deveriam. Estou me acostumando com uma vida que não é minha.
Não ando mais suportando ficar a frente comigo mesma, sem algo para me distrair ou preencher, uns surtos que mal sentido tem. Antes eu conseguia projetar uma casca bem firme que me impedia de sofrer qual quer abalo bobo, me mantinha forte e estável. Só que de tanto me perder, de tanta revolta ocupei meus pensamentos com outros sentidos e me esqueci desse lado. Hoje vejo o tanto que errei, o tanto que eu me machuco em achar que sendo assim é ser algo bom. Pelo contrário, isso me torna fraca e pior visível aos olhos nus. O que sempre temi, o que sempre fugi, se tornou real. Escapou dos meus ideias e agora estou aqui sem saber o que fazer.
A mania de achar que sera meu aquilo que defino pertencer a mim por si tornar importante, único, especial. Quanta besteira! Nada nem ninguém pode pertencer a alguém. Então a partir dai volto a razão e a concordância de "viver cedendo". Uma hora sei lá, devo cansar de tudo e voar para longe. Soltar o espirito e achar a luz, a paz. O esplendor não sera assim mais tão distante. Quem procura acha, olhe as estrelas e lá estará... talvez, talvez outras vidas.
Não ando mais suportando ficar a frente comigo mesma, sem algo para me distrair ou preencher, uns surtos que mal sentido tem. Antes eu conseguia projetar uma casca bem firme que me impedia de sofrer qual quer abalo bobo, me mantinha forte e estável. Só que de tanto me perder, de tanta revolta ocupei meus pensamentos com outros sentidos e me esqueci desse lado. Hoje vejo o tanto que errei, o tanto que eu me machuco em achar que sendo assim é ser algo bom. Pelo contrário, isso me torna fraca e pior visível aos olhos nus. O que sempre temi, o que sempre fugi, se tornou real. Escapou dos meus ideias e agora estou aqui sem saber o que fazer.
A mania de achar que sera meu aquilo que defino pertencer a mim por si tornar importante, único, especial. Quanta besteira! Nada nem ninguém pode pertencer a alguém. Então a partir dai volto a razão e a concordância de "viver cedendo". Uma hora sei lá, devo cansar de tudo e voar para longe. Soltar o espirito e achar a luz, a paz. O esplendor não sera assim mais tão distante. Quem procura acha, olhe as estrelas e lá estará... talvez, talvez outras vidas.
Nayara Alvim.
terça-feira, 5 de junho de 2012
Ate quando sera não?
Mais uma vez volto no lugar onde parei, depois de tantos rodopios, perdições, idas e vindas aqui estou eu. Dessa vez mais experiente e talvez mais madura, mas com as mesmas vontades. Nesse vai e vem tive que abrir mão de alguns ideias na proposta de que talvez eu pudesse encarar tudo de uma forma diferente, ate mesmo mais fácil. Só que hoje eu vejo que isso não significou nada relativamente, afinal eu sempre procuro a mesma coisa e nunca consigo. Eu fujo de problemas por falta de forças, enfrento alguns por coragem e precisão, mato um leão se possível para ver alguém que eu queira bem. Passo por cima de muita coisa, ignoro e sigo em frente. Acontece que não é bem assim, as vezes o medo me embala por inteira e não a nada que tente os afastar. Eu acabo me dando por vencida e assim vou me perdendo aos poucos. Não sei se o que escrevo é algo que relaciona o que eu espero por vir, por algo que esteja acontecendo ou ate mesmo o que se passou. É mais uma mistura de tudo, procuro a dor porque me falta escrever e isso é um vazio horrível e ela também, vem ate sem eu ver.
Dentre conversas que eu já tive tentar entender o próximo que nem sempre é possível, pois é sempre necessário esquecer e deixar para lá, evitando mais sofrimento e o senso hipócrita.
Eu aqui nem sabendo o que escrever, o que falar, vazia de versos e conspirada com o proibido. Caso continue assim, desejo que as atitudes mudem e tudo se transforme, dando ao meu mundo uma mudança. A mudança que sempre peço. Algo bom, algo do bem, algo como dar alguém o que também não tenho. Felicidade.
Dentre conversas que eu já tive tentar entender o próximo que nem sempre é possível, pois é sempre necessário esquecer e deixar para lá, evitando mais sofrimento e o senso hipócrita.
Eu aqui nem sabendo o que escrever, o que falar, vazia de versos e conspirada com o proibido. Caso continue assim, desejo que as atitudes mudem e tudo se transforme, dando ao meu mundo uma mudança. A mudança que sempre peço. Algo bom, algo do bem, algo como dar alguém o que também não tenho. Felicidade.
Nayara Alvim.
segunda-feira, 28 de maio de 2012
quinta-feira, 24 de maio de 2012
Distante
E de todas as manhãs hoje foi diferente. Levantei da cama sem saber se havia mesmo dormido ou desmaiado. Meus olhos estavam inchados e doloridos sem motivos, meu corpo estava doendo, senti fraqueza e qual quer outra dor que pudera imaginar. Sei que tudo doía, mal conseguia raciocinar. Trocando alguns passos, deixando meu corpo levar por ele mesmo e fazendo o que precisava ser feito.
O caminhar do dia foi apenas como uma melodia. Do seu tom mais grave a sua passiva tranquilidade. Me fazendo refletir dano pós dano, ato por ato. Era um filme que passava pela minha mente, sem imagens nem som, apenas mensagens. Frases soltas, palavras chulas, o reconhecimento de tudo.
Se passara minuto a minuto e eu apenas roçando minhas mãos uma na outra e sentindo toque por toque como um espeto que me cortava. Sei que por onde olhava era oco, distante. Vai ver eu nem estive ali, provavelmente mais um sonho e logo eu acordaria.
Encontro-me sem rimas, sem ideias, sem pensamentos concretos. Minha mente esta anestesiada e meu corpo cansado. De vivo encontro sentimentos sobrevoando as barreiras, chegando aos estremos. Não sei o que deve ser dito, o que sera previsto, o que vira para frente. Afinal me encontro oca.
Nayara Alvim (Sombras Outonais).
sexta-feira, 4 de maio de 2012
domingo, 29 de abril de 2012
Conversa a botas batidas
- Não gosto disso.
- Não gosta disso o que?
- Essas coisas que você escreve.
- Essas coisas que eu escrevo?
- É essas coisas tristes.
- Ah...
- Porque?
- Porque o que?
- Porque sempre triste?
- Não gosta disso o que?
- Essas coisas que você escreve.
- Essas coisas que eu escrevo?
- É essas coisas tristes.
- Ah...
- Porque?
- Porque o que?
- Porque sempre triste?
Nayara Alvim.
quinta-feira, 26 de abril de 2012
Paz
Como um campo no alto da colina que um dia vi quando pequena, senti aquela sensação. Liberdade, paz, tranquilidade. Ali estava segura, afastada de todo mal, de todo fim. Agregada a direta mudança, era possível que visse claramente. As pétalas acompanhavam o ritmo em que a brisa corria, sacolejavam a mais bela dança, vistas com os olhos nus era puro, natural. A sensibilidade me tocou naquele momento, meus pés imploravam para ser soltos, queriam voar pelo momento, embarcar no tempo e parar.
Jamais me esquecerei daquele dia, foi a primeira vez que me encantei com o infinito azul. Refletido de várias cores, era possível que mais tarde teria se formado um arco-ires. Os pigmentos de todos os tons que jamais conseguirei descrever, imundaram meus olhos a mais bela emoção. A perfeição diante de meus olhos como seria possível? A partir dai todos os dias em que a lua pairava no céu na mais incrível forma, no contorno arredondado e extremamente grande eu a implorava para que um dia talvez ela me levasse, me tornaria luz e obscuro, arte que não se toca, apenas aprecia.
Ate então os dias se passaram, meses, anos. Foram-se calos e cortes, cicatrizes permaneceram, nada que não pudesse gerar dor. Mas a quietude de tudo me estranhou, veio você e abrangeu todas as feridas, me esqueci delas e simplesmente sessaram. Palavras na mais estranha forma, me senti presa a todo meio, finalmente me sentia presa a vida e tudo que pudera acontecer.
Esta como muitas noites por meus pensamentos rondaram um sonho bom, a imaginação deixou de afligir e a consciência de pressionar. Eu e você encontrando nossos dedos timidamente, selando o laço que se fortalecerá, um toque, nossas mãos se uniram. O brilho das estrelas iluminando nossa noite e a lua deixando o encanto a vista. A expressão de alegria apareceria em minha face, visto ali um sorriso verdadeiro. Meus pés formigando com tamanho nervosismo, um, dois, três suspiros.
Seriedade. Você me transmite isso. Suas mãos avermelhadas transpirariam o nervosismo. Talvez você esquivasse o olhar e assim meu sorriso se alargaria ainda mais. Meus dedos calmamente encostariam em sua face, não sei, essa vontade de lhe tocar, tomar por posse ao menos entre segundos. De alguma forma aconteceria, não é possível descrever quem agiu primeiro, mas logo depois nos vejo abraçados, nos tornando apenas um. Exalando o teu perfume, sentindo teu coração bater, acompanhando a sua respiração. Novamente me encontraria em um momento de paz, "ali estava segura, afastada de todo mal, de todo fim". Eternizaria tal momento em minha memória e acobertaria em meu coração a sete chaves.
Já não me encontro mais ciente de nada, se perder nunca é o bastante é sempre preciso mais. Felicidade ao menos em segundos valeria a pena por tudo, por tudo que passaríamos.
Jamais me esquecerei daquele dia, foi a primeira vez que me encantei com o infinito azul. Refletido de várias cores, era possível que mais tarde teria se formado um arco-ires. Os pigmentos de todos os tons que jamais conseguirei descrever, imundaram meus olhos a mais bela emoção. A perfeição diante de meus olhos como seria possível? A partir dai todos os dias em que a lua pairava no céu na mais incrível forma, no contorno arredondado e extremamente grande eu a implorava para que um dia talvez ela me levasse, me tornaria luz e obscuro, arte que não se toca, apenas aprecia.
Ate então os dias se passaram, meses, anos. Foram-se calos e cortes, cicatrizes permaneceram, nada que não pudesse gerar dor. Mas a quietude de tudo me estranhou, veio você e abrangeu todas as feridas, me esqueci delas e simplesmente sessaram. Palavras na mais estranha forma, me senti presa a todo meio, finalmente me sentia presa a vida e tudo que pudera acontecer.
Esta como muitas noites por meus pensamentos rondaram um sonho bom, a imaginação deixou de afligir e a consciência de pressionar. Eu e você encontrando nossos dedos timidamente, selando o laço que se fortalecerá, um toque, nossas mãos se uniram. O brilho das estrelas iluminando nossa noite e a lua deixando o encanto a vista. A expressão de alegria apareceria em minha face, visto ali um sorriso verdadeiro. Meus pés formigando com tamanho nervosismo, um, dois, três suspiros.
Seriedade. Você me transmite isso. Suas mãos avermelhadas transpirariam o nervosismo. Talvez você esquivasse o olhar e assim meu sorriso se alargaria ainda mais. Meus dedos calmamente encostariam em sua face, não sei, essa vontade de lhe tocar, tomar por posse ao menos entre segundos. De alguma forma aconteceria, não é possível descrever quem agiu primeiro, mas logo depois nos vejo abraçados, nos tornando apenas um. Exalando o teu perfume, sentindo teu coração bater, acompanhando a sua respiração. Novamente me encontraria em um momento de paz, "ali estava segura, afastada de todo mal, de todo fim". Eternizaria tal momento em minha memória e acobertaria em meu coração a sete chaves.
Já não me encontro mais ciente de nada, se perder nunca é o bastante é sempre preciso mais. Felicidade ao menos em segundos valeria a pena por tudo, por tudo que passaríamos.
Nayara Alvim.
terça-feira, 17 de abril de 2012
Coração é terra que ninguém vê
Lindo demais
Coração é terra que ninguém vê
Quis ser um dia, jardineira
De um coração.
Sanchei, mondei- nada colhi.
Nasceram espinhos
E nos espinhos me feri
Quis ser um dia, jardineira
De um coração
Cavei, plantei.
Na terra ingrata
Nada criei.
Semeador da parábola...
Lance a boa semente
A gestos largos...
Aves do céu levaram
Espinhos do chão cobriram.
O resto se perdeu
Na terra dura
Da ingratidão.
Coração é terra que ninguém vê - diz o ditado.
Plantei, reguei, nada deu, não.
Terra de lagedo, de pedregulho, - teu coração.
Bati a porta de um coração.
Bati, bati. Nada escutei.
Casa vazia. Porta fechada,
Foi o que encontrei.
Coração é terra que ninguém vê
Quis ser um dia, jardineira
De um coração.
Sanchei, mondei- nada colhi.
Nasceram espinhos
E nos espinhos me feri
Quis ser um dia, jardineira
De um coração
Cavei, plantei.
Na terra ingrata
Nada criei.
Semeador da parábola...
Lance a boa semente
A gestos largos...
Aves do céu levaram
Espinhos do chão cobriram.
O resto se perdeu
Na terra dura
Da ingratidão.
Coração é terra que ninguém vê - diz o ditado.
Plantei, reguei, nada deu, não.
Terra de lagedo, de pedregulho, - teu coração.
Bati a porta de um coração.
Bati, bati. Nada escutei.
Casa vazia. Porta fechada,
Foi o que encontrei.
Cora Coralina (1889-1985).
sexta-feira, 13 de abril de 2012
Utopia
Aperto no peito, coração aflito, pressentimento ruim.
Rente todos os acontecimentos te vi chegar de repente, invadindo minha vida num piscar de olhos. Luz branda e pura, algo que tanto me encantou. E toda essa vontade de cuidar, de proteger se destacou a dias passados. Diferente. Provavelmente algo como sentir o que viria, me preparar, seria mais uma barreira difícil.
Como toda e qual quer ignorância de sempre, ergui-me do mais fundo dos poços, eu estava voltando. E tal alma doce e singela mal me aguardava chegar ou talvez o acaso agiu nos dando essa impressão. Estonteante de mais. Paradoxo criado a junção de facetas desconhecidas, de sonhos escondidos, da verdade mal contada. Expressas ali palavras soltas ao sentido que criávamos. Reconhecimento de almas, uma relíquia quem sabe.
Avisos foram ecoando sob nossos ouvidos ao darmos passos e mais passos, se perder depois da trilhagem marcada, a de ida com volta. Ultrapassamos tal linha, perdição, medo, utopia. Já não se era mais possível voltar. Juntos ou separados? união ou esquecimento? Sim arriscamos alguns passos juntos. Felizes assim mesmo debaixo de um abismo.
União dos corpos celestes, da ação das estrelas e das fases da lua, assim como algo tão desconhecido, nós, se perdeu. Passado, presente e futuro agindo em nosso meio com alfinetadas que não se consegue esquivar, sempre nos cobrando certeza, força e união. Mas sabemos que não possível. Corte.
Veneno que me atira no chão, que derruba esperanças, sonhos, é avassalador, torturante. Assim como me atenta ao novo e aquilo que mais desejo, me trás algo bom, marcas, sorrisos, felicidade incerta.
Linha que marca parte de uma história que sabe lá se já existira, nos rompe com nossos medos guardados. A vontade da fuga e o desejo de ficar se chocam e nos esgota.
Um jogo, uma prova. Teste que a vida nos colocou frente a frente. Virá pontos, virgulas, continuação e mais parágrafos ou talvez apenas um fim.
A resposta vem a mão, não sera possível voltar, nunca será, mas do que importa? Se resolvemos arriscar.
Nayara Alvim.
quarta-feira, 4 de abril de 2012
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