quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
Eu não sou o bastante
Foi-se o tempo em que eu reconhecia algo aqui, eramos como Romeu e Julieta. Amor impedido, acobertado, guardado apenas dentro de nós. Aprendíamos a lidar com a situação com o tempo, a saudade, a distancia, tudo sempre tão difícil... Mas ali existia um dos laços mais fortes que tive a sorte em conhecer, o sentimento puro, a vontade de ficar junto, existia ali algo muito mais do que um amor comum. Ao menos era isso que eu achava...
Eu te procurei em ruas escuras, noites de desespero e angustia. Mal pregava os olhos, fazia questão em te esperar. Ficando com o coração na mão. Eu errei muitas vezes, eu sei. Mas tento entender, tento montar pedaços dessa quebra cabeça sem fim e não consigo! Dentro de mim apela para qual quer outra explicação a não ser a dura e velha verdade. A vida nos encaminhou para outros caminhos, ao menos você os seguiu.... Pois ainda sim, boba eu, continuo ali na espera de um sinal que possa me dar esperança para continuar. Você se perdeu? Eu estive a todo tempo do seu lado para segurar sua mão.... Ou não era você que estava ao meu lado? Apenas uma parte? Então todo este tempo que estive vivendo ao seu lado estava apenas com uma parte do seu eu? O que te desprendia a mim? O que descordava? Sempre incompreendida? Perguntas que me fazem ficar ate mesmo zonza, eu não sei lidar. Sei o quanto dói ter um amor perdido, uma parte de você por ai a fora, andando e tropeçando sem ter ideia do que acontecerá, que perigos podem acontecer, que feridas mais iram aparecer ou o que pulsa com maior dor aqui dentro, quando encontrar alguém melhor que eu.
Esse é o problema de se entregar como nunca havia feito na vida, abrir portas para o amor sem medo e despencar nesse penhasco sem fim, confiando em "nós" e mais nada. Eu tentei, tenho a maior certeza disso, nunca quis tanto algo como quis você. Mesmo sem querer, mesmo implorando a mim que me segurasse, eu ainda lhe procurava. "Não é no sentido de não querer mais e sim no sentido de não poder e não dar mais" nunca uma frase me derrubou tanto. Assim eu entendi. Finalmente eu entendi.
Vou apanhar da vida ainda, sei que vou apanhar de você também, com seu afastamento, com suas mudanças, com seu jeito seco de me tratar. Seja o que for, eu irei aprender de uma vez por todas que isso nunca foi para mim. O medo era besteira? Não, eu sei o quanto doí e não faço ideia de quando ira passar. Eu não quero isso para mim, eu não quero ser fraca, eu não quero implorar para que fique comigo, não quero que sinta pena de mim. Apenas queria acertar uma vez se quer, uma vezinha. Que a vida ao invés de me cortar em mil pedacinhos me amontasse e me deixasse assim por infinito tempo.
Você seguirá sua vida, conquistará alguém fácil. Consegue ser encantadora e amável como ninguém que eu havia conhecido, sabe disso. Tem a alma ferida, é sentimental mesmo que durona, consegue ser galante, engraçada, brincalhona. Tem lá suas manias, seus rituais ate mesmo para dormir. Inventa, muda os nomes do que você gosta, é meiga, é criancinha, madura... Conquista ate mesmo quem só olha de longe. Feita para ser amada, para ser cuidada. Mas eu não fui capaz, não fui o bastante não é mesmo? Seja quem for esse alguém que terá daqui para frente a chance de poder seguir com você, de te fazer feliz, será sem duvida a pessoa mais sortuda desse mundo. Ao possuir a peça defeituosa que trará sentido para tudo, ate mesmo no sorriso que carrega ao despertar durante a manhã.
Com toda minha sinceridade escrevo mais um de meus rabiscos...
Nayara Alvim.
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
Eu não tenho muito a oferecer...
Um quarto bagunçado cor de nada. Uma rotina monótoma e desinteressante.Tenho livros de contos e poesia, posso fazer café bem forte quando a noite vier e o sono faltar. Tem a vista linda que da do meu quarto para o céu lá fora, na qual não me canso de ver nunca. Tem minha companhia chata e grudenta. Feita hábitos, costumes e eternas manias. E o péssimo azar de gaguejar e corar rapidamente a cada errinho cometido. Tamanho nervosismo! Perceba também que sou ciumenta ou mais, possessiva. Por cobrar uma atenção mais do que demasiada e de forma alguma gostar da ideia que te olhem com desejo. Que você fique longe de mim. Mas também sei que tenho ardor na alma, desejos de loucuras que pode lhe arrancar o folego, lhe faz explodir de tanta alegria. Estava em nossos sonhos...
Não tenho uma beleza estonteante para te encantar todas as manhãs quando acordarmos, mas tenho carinho e um sorriso sincero a oferecer, todos os dias. Não sou interessante, inteligente e poderosa. Sou uma meninota que ainda esta aprendendo o que é a vida. Não sou de novidades, não de muitas. Minha vida é quieta e meus problemas são confrontos de tempos e tempos atrás. Não tenho uma casa enorme com um jardim lindo como sempre sonhávamos em ter. Apenas tenho um comodo de quatro paredes que chega ser aconchegante e se quiser, pode chamar de nosso.
Sou manhosa, tenho medos bobos, pareço ainda uma criança com uma descoberta a mais, apenas. E tenho um vazio enorme em não te ter por comigo, agora. Você partiu sem mim...
Eu tenho tudo isso e um sentimento sincero do tamanho do universo para lhe oferecer. Amor.
Assim vejo que não é muito apesar de antes parecer suficiente para lhe ter junto a mim...
Eu não tenho muito a oferecer, amor...
Não tenho uma beleza estonteante para te encantar todas as manhãs quando acordarmos, mas tenho carinho e um sorriso sincero a oferecer, todos os dias. Não sou interessante, inteligente e poderosa. Sou uma meninota que ainda esta aprendendo o que é a vida. Não sou de novidades, não de muitas. Minha vida é quieta e meus problemas são confrontos de tempos e tempos atrás. Não tenho uma casa enorme com um jardim lindo como sempre sonhávamos em ter. Apenas tenho um comodo de quatro paredes que chega ser aconchegante e se quiser, pode chamar de nosso.
Sou manhosa, tenho medos bobos, pareço ainda uma criança com uma descoberta a mais, apenas. E tenho um vazio enorme em não te ter por comigo, agora. Você partiu sem mim...
Eu tenho tudo isso e um sentimento sincero do tamanho do universo para lhe oferecer. Amor.
Assim vejo que não é muito apesar de antes parecer suficiente para lhe ter junto a mim...
Eu não tenho muito a oferecer, amor...
Nayara Alvim.
domingo, 2 de dezembro de 2012
terça-feira, 27 de novembro de 2012
Um certo ninguém
Ando por ai vendo reflexos embaralhados... Na água, no café, na poça de água que encontro no jardim enquanto a chuva escassa trás o brisa fria, nos espelhos embaçados dos corredores vazios, em todos os lugares. Reflexos quebrados, a visão esta confusa, meio perdida, menos centrada. Não sei o que vejo ou se ainda vejo mesmo algo. A quietude permanece durante esses temporais, é melhor, não a nada a ser feito mesmo. Na macies do estofado ajuda a me acolher um pouco, sento, me encolho e viajo a mil em minhas confusões. Passa raiva, passa saudade, passa dor, passa felicidade, ate passar tudo e não sobrar nada. Vazio. Esta faltando uma parte, na qual sei o que é exatamente. Unica, complexa e valiosa, a que procurei por tempos sem saber que procurava, a que encaixou perfeitamente e fez o sentido no que precisava. Mas eu perdi... E por isso me embaralho novamente, me desentendo, me desconcerto. O tempo paira e os segundos não correm, ta difícil. Procurar a resposta mesmo já sabendo, tentar manter o que não a mais. Aceitar que a vida muda e as pessoas também. Mas você não, apanhando e apanhando. Faz parte. O drama comanda tudo ate tudo ser nada. E se perder e se perder, agora eu entendo e depois não.
Nayara Alvim
terça-feira, 30 de outubro de 2012
Reflexões
(conto) Havia uma pequena alma de criança presentes nos assombros dos restos deixados para trás, que pairava tentando rever, buscar partes de sua memória que falhava com frequência uma lembrança que pudesse comprovar tudo. Procurava com aflição e agonia achar rapidamente o que procurava, no intuito de acalmar o que dentro tudo revirava. Seria mesmo possível ter esperança com registros antigos do que já passou? Ou isso não se passava de uma mera vaidade de pensamentos bons? Queria mudar tudo, voltar no tempo, concertar erros que não deveriam ter existido.
Laço que se alto destruiu pelas atitudes de ambos as quebras da ampulheta. De fora sem poder mexer um dedo, nem se quer abrir a boca. Cabecinha inocente, mas esperta, entendia tudo. Chorava. Via o perdão como algo mais próximo da realidade do que as almas já velhas viam. Era tudo mais fácil, mais simples... Bandeiras de paz estendidas ao campo de batalha. Acontece que tudo se passa como uma guerra nesse lar, há fases piores, como há fazes melhores. Mas nunca a o fim. Costumam traçar seus tiros com alfinetadas, suas críticas com indiretas, suas lágrimas as quatro paredes onde o outro não pudesse ver.
Dessa vez houve um desencontro da formação do acordo, o que antes era parcial, hoje vimos a olhos nu. Almas piando, pedindo abrigo, sem saber para onde ir. Os prendedores faziam "tec tec", enquanto todos se afogavam na ribanceira de lágrimas. Sabe o que aconteceu com a alma pequena? Ela se escondeu, para sempre agora, acredito eu. Cansou de aparecer e de tentar reviver algo que ao menos nem lembra se existiu. Sua vida foi marcada por esse laço que gerou alguns traumas e medos bobos... Foi afetada de mais e esta fraca por toda descrença de uma família VIVA.
Espero eu que essa alma não cresça completamente, que não esqueça de seus princípios e não pare de acreditar em que tudo um dia possa se resolver da forma simples e visível. Porque o que a de mais triste em toda essa perdição é ver que a resposta esta bem a sua frente e simplesmente ACABAR.
Pobre alma branca.
Laço que se alto destruiu pelas atitudes de ambos as quebras da ampulheta. De fora sem poder mexer um dedo, nem se quer abrir a boca. Cabecinha inocente, mas esperta, entendia tudo. Chorava. Via o perdão como algo mais próximo da realidade do que as almas já velhas viam. Era tudo mais fácil, mais simples... Bandeiras de paz estendidas ao campo de batalha. Acontece que tudo se passa como uma guerra nesse lar, há fases piores, como há fazes melhores. Mas nunca a o fim. Costumam traçar seus tiros com alfinetadas, suas críticas com indiretas, suas lágrimas as quatro paredes onde o outro não pudesse ver.
Dessa vez houve um desencontro da formação do acordo, o que antes era parcial, hoje vimos a olhos nu. Almas piando, pedindo abrigo, sem saber para onde ir. Os prendedores faziam "tec tec", enquanto todos se afogavam na ribanceira de lágrimas. Sabe o que aconteceu com a alma pequena? Ela se escondeu, para sempre agora, acredito eu. Cansou de aparecer e de tentar reviver algo que ao menos nem lembra se existiu. Sua vida foi marcada por esse laço que gerou alguns traumas e medos bobos... Foi afetada de mais e esta fraca por toda descrença de uma família VIVA.
Espero eu que essa alma não cresça completamente, que não esqueça de seus princípios e não pare de acreditar em que tudo um dia possa se resolver da forma simples e visível. Porque o que a de mais triste em toda essa perdição é ver que a resposta esta bem a sua frente e simplesmente ACABAR.
Pobre alma branca.
Nayara Alvim.
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
Feito boba
Esses fetiches conduziram a algo tão bom que mesmo hoje não sinto meus pés, a cor das flores voltam, os pássaros ganham mais vidas ecoando ao ambiente tranquilo, o sol condensa as colunas na calmaria destacando formas e dando vida a mais um dia lindo. Não importando o tempo que esta, o relógio esquecera de existir. Começo a aprender a analisar mais o céu, afinal nada importa. Não é mais esperar condutas do velho coração que a período de tempo atrás deixara de existir, dizendo bem, se escondeu por não aguentar mais. Deixou de uso e colocou-me a seguir vazia. Ele é teimoso, não se cansa. Foi lá vendo a oportunidade e saltara tão alto que posso jurar que conseguira ouvir. Tudo parte da alegria, do alivio, do completar. E na mais absoluta certeza contive falar, mas agora era diferente. Diferente no sentido bom. Era visto a olhos nus, claro e não obstruído, não tanto... Uma etapa se passou daquela que era um aprendizado, um preparatório. Mesmo estando completamente boba e encantada a primeiros segundos tudo se eleva sempre mais, a repetição disso pode causar cansaço, mas é algo tão diferente, tão novo, que não me contenho em falar que é bom, que é incrível.
Espionar de silencia, seus olhos, contornos e expressões. Capturando formas em ate te imitar bem. Mil jeitos de sorrir, mil formas de olhar, de se tocar ao mexer no cabelo. A forma com que se muda, como se move. Tons da sua voz, um, dois e três, alma pura. É mais do que ver, do que analisar é sentir a corrente elétrica invadir seu corpo como um desafio. E então é só imaginar.
Espionar de silencia, seus olhos, contornos e expressões. Capturando formas em ate te imitar bem. Mil jeitos de sorrir, mil formas de olhar, de se tocar ao mexer no cabelo. A forma com que se muda, como se move. Tons da sua voz, um, dois e três, alma pura. É mais do que ver, do que analisar é sentir a corrente elétrica invadir seu corpo como um desafio. E então é só imaginar.
Nayara Alvim.
domingo, 26 de agosto de 2012
Permitir
-Eu não sei lidar.
Instintivamente, ergui o olhar de relance, mas logo senti o calor de minhas bochechas e meu corpo estremecer. Voltei timidamente a flertar o chão. E respondi:
- Eu também não.
O que em minha garganta fica presa em dar nós, o coração aperta e o vazio continua a aumentar. "Querer ouvir o que não tens a dizer". E ver que tenho tanto o que falar... Silenciar a não trazer tumultos nem dor. É loucura e pode ser doença, pensar que são sempre meias palavras. Por querer, querer ouvir. A resposta que não real.
-Então menina da cabeça de algodão, pare de sonhar.
- Mas eu não sonho.
- Delira.
Nayara Alvim.
sexta-feira, 17 de agosto de 2012
Desde sempre, meu eu
Quando o vazio abomina minha
fobia sóbria e ingenua não a nada que cure meu pesar, vivencio ataques
irracionais. Levada a loucura e ao desespero manjo o corpo parado, domino parte
do espirito que falta de luz. Alma vivida e bem vivida, sofrida ao destino
concretizado, nada se compara a idade, o passar de anos se tornaram décadas. Os
calos e cortes aparecem no corpo cansado, exaustivo da transição. Ao olhar os
confins dos horizontes mais distantes peço ao tempo que leve daqui a dor da
inquisição, que monte pedaços de mim apague-me de memórias. Que distorça tecidos
selados e nós gastos dificultados ao tempo passado, abranja-me com a paz
espiritual.
Lori Duchannes.
domingo, 12 de agosto de 2012
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