sábado, 3 de dezembro de 2011

Foram promessas


Não sei mais se o que sinto se chama saudade,
Fanatismo, burrice, ingenuidade.
Algo tão profundo que me desconcerta dos pés a cabeça,
Foi real foi vivido e com tanta frieza foi esquecido,
Tratado ao nada as contas do que nunca existiu.
Pensamentos virados a fantasia juvenil,
O tempo passou, penso muito não absorvo nada,
Vivo tal culpa ao fim de esquecer.

Você me derrubou, deixou rastros por onde passou, se foi ao sopro do vento, com sinal do gavião.
Me deixou a risco, correu perigo, se jogou ao leu afundou e se quebrou.
Repentino o destino agiu, colocando o salvador a vista, ele estava com uma faca, que virava para trás,
para mim.
Nada posso fazer, nunca pude. Controlar o que afinal?

O que ao leu pertence o que achar é dele,
Sentir tudo absorver nada, chorar o que acabou,
É confuso, é intrigante aceitar.
Viver algo que aconteceu apenas em nossas cabeças,
Ao silêncio e ao sono perdido de noites e noites sem dormir,
Eram faltas, era insonia, era choro, era dor.
Ler pensamentos, reagir a intuição, interpretar ao nosso modo, nos conhecíamos melhor.
Pedir o querer, sonhar duvidoso, acreditar no impossível.

Me diga que o tempo fecha todas as feridas, que o tempo nos concertará. Foram juras, promessas engolidas a discórdia tumultua.

Nayara Alvim.