terça-feira, 30 de outubro de 2012






Reflexões

(conto)  Havia uma pequena alma de criança presentes nos assombros dos restos deixados para trás, que pairava tentando rever, buscar partes de sua memória que falhava com frequência uma lembrança que pudesse comprovar tudo. Procurava com aflição e agonia achar rapidamente o que procurava, no intuito de acalmar o que dentro tudo revirava. Seria mesmo possível ter esperança com registros antigos do que já passou? Ou isso não se passava de uma mera vaidade de pensamentos bons? Queria mudar tudo, voltar no tempo, concertar erros que não deveriam ter existido.
    Laço que se alto destruiu pelas atitudes de ambos as quebras da ampulheta. De fora sem poder mexer um dedo, nem se quer abrir a boca. Cabecinha inocente, mas esperta, entendia tudo. Chorava. Via o perdão como algo mais próximo da realidade do que as almas já velhas viam. Era tudo mais fácil, mais simples... Bandeiras de paz estendidas ao campo de batalha. Acontece que tudo se passa como uma guerra nesse lar, há fases piores, como há fazes melhores. Mas nunca a o fim. Costumam traçar seus tiros com alfinetadas, suas críticas com indiretas, suas lágrimas as quatro paredes onde o outro não pudesse ver.
  Dessa vez houve um desencontro da formação do acordo, o que antes era parcial, hoje vimos a olhos nu. Almas piando, pedindo abrigo, sem saber para onde ir. Os prendedores faziam "tec tec", enquanto todos se afogavam na ribanceira de lágrimas. Sabe o que aconteceu com a alma pequena? Ela se escondeu, para sempre agora, acredito eu. Cansou de aparecer e de tentar reviver algo que ao menos nem lembra se existiu. Sua vida foi marcada por esse laço que gerou alguns traumas e medos bobos... Foi afetada de mais e esta fraca por toda descrença de uma família VIVA.
  Espero eu que essa alma não cresça completamente, que não esqueça de seus princípios e não pare de acreditar em que tudo um dia possa se resolver da forma simples e visível. Porque o que a de mais triste em toda essa perdição é ver que a resposta esta bem a sua frente e simplesmente ACABAR.
  Pobre alma branca.

Nayara Alvim.