segunda-feira, 11 de junho de 2012

Não pertence mais a nós

Acho que esse desabafo sera o primeiro de muitos que começa e termina com dor, sem esperanças e nem passos que poderiam seguir a diante, esse é o primeiro de muitos que sintetizam o fim. Se trata de uma tentativa de fuga de ambas as almas que estavam afugentadas e desesperadas com a vida. Cansadas sob um passado frustante e um presente não satisfatório, a vida que se resumia em um vazio sem sentindo. Colocar-se de pé todos os dias sem motivos gratificantes. Foi que se completaram e viveram a mais perfeita ilusão, minutos ali esqueciam de tudo e deixavam que suas mentes e seus corações percorressem a uma distancia que só eles conseguiam alcançar, entrelaçavam uma corrente forte que os unia. Não durou por muito tempo, logo esses minutos chegavam ao fim e o dia dia iam se machucando com verdades e erros que a vida propunha a eles a enfrentar. A cada um se colocava a estender força, coragem, carinho e juízo, como um porto seguro que nunca conseguiram finalizar, este foi mais um sonho.De promessas eram criadas sorrisos, esperança que naquilo dito houvesse sim uma verdade. Nos entendiamos entre palavras e nos sentimentos , mas no silencio havia duvidas e desconfiança. Dali começou a se sair espinhos que iam cortejando em todas formas. Foi se enfraquecendo, ate que o orgulho próprio e o coração colocassem um limite. Dentro que nesse meio tempo ocorreu desentendimentos e perdões desesperados de uma saudade arrebatadora e uma preocupação fora do comum. Mas a partir do momento que o passado voltou a se estabelecer não sendo mais provisório no seu espaço de antes, invadindo algo que sabe lá era justo, ocorreu o corte mais profundo que pudesse haver naquele laço de pouco tempo. Porque não a nada no mundo que mais enfraqueça o presente e o futuro do que o passado. Nele se trás um peso forte de lembranças, de sentimentos, de algo que passou mais ficou. Então ao deixar invadir e tomar posse, tudo se desata e já não a mais forças, se abalam. Hoje por mais que a saudade bata, por mais que o desespero chegue a trastornar o encaixe não sera o mesmo, pois ali um se quebrou e esta sem concerto. Uma tentativa, uma oportunidade que tivemos a chance de viver, mas que como outras hoje ficaram lá atrás creio que esse também ficara. Não por vontade mais e sim por não aguentar mais. Orgulhe-se a coragem nos fez chegar ate aqui em meias palavras, assim como começou. Da ironia e do sarcasmo se fazia um gosto nosso de encarar as situações, um tanto menos cliché, mais próprio. Em fim, entre passos lentos e rápidos, entre tropeços, ainda a muito que aprender mesmo com caminhos opostos. Tudo se conclui no vago desconhecido e talvez numa melodia triste. Acredite um dia tudo foi escrito é só olhar bem e ver. Já sabíamos.

Nayara Alvim.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Lá esta

Esses picos de humor que me destabilizam completamente, a alguns meses eu ainda estava bem. Controlada e realista, mas de uns dias para cá andei materializando de mais os meus sonhos, ocupando-os mais do que deveriam. Estou me acostumando com uma vida que não é minha.
Não ando mais suportando ficar a frente comigo mesma, sem algo para me distrair ou preencher, uns surtos que mal sentido tem. Antes eu conseguia projetar uma casca bem firme que me impedia de sofrer qual quer abalo bobo, me mantinha forte e estável. Só que de tanto me perder, de tanta revolta ocupei meus pensamentos com outros sentidos e me esqueci desse lado. Hoje vejo o tanto que errei, o tanto que eu me machuco em achar que sendo assim é ser algo bom. Pelo contrário, isso me torna fraca e pior visível aos olhos nus. O que sempre temi, o que sempre fugi, se tornou real. Escapou dos meus ideias e agora estou aqui sem saber o que fazer.
A mania de achar que sera meu aquilo que defino pertencer a mim por si tornar importante, único, especial. Quanta besteira! Nada nem ninguém pode pertencer a alguém. Então a partir dai volto a razão e a concordância de "viver cedendo". Uma hora sei lá, devo cansar de tudo e voar para longe. Soltar o espirito e achar a luz, a paz. O esplendor não sera assim mais tão distante. Quem procura acha, olhe as estrelas e lá estará... talvez, talvez outras vidas.

Nayara Alvim.

terça-feira, 5 de junho de 2012


Ate quando sera não?

Mais uma vez volto no lugar onde parei, depois de tantos rodopios, perdições, idas e vindas aqui estou eu. Dessa vez mais experiente e talvez mais madura, mas com as mesmas vontades. Nesse vai e vem tive que abrir mão de alguns ideias na proposta de que talvez eu pudesse encarar tudo de uma forma diferente, ate mesmo mais fácil. Só que hoje eu vejo que isso não significou nada relativamente, afinal eu sempre procuro a mesma coisa e nunca consigo. Eu fujo de problemas por falta de forças, enfrento alguns por coragem e precisão, mato um leão se possível para ver alguém que eu queira bem. Passo por cima de muita coisa, ignoro e sigo em frente. Acontece que não é bem assim, as vezes o medo me embala por inteira e não a nada que tente os afastar. Eu acabo me dando por vencida e assim vou me perdendo aos poucos. Não sei se o que escrevo é algo que relaciona o que eu espero por vir, por algo que esteja acontecendo ou ate mesmo o que se passou. É mais uma mistura de tudo, procuro a dor porque me falta escrever e isso é um vazio horrível e ela também, vem ate sem eu ver.
Dentre conversas que eu já tive tentar entender o próximo que nem sempre é possível, pois é sempre necessário esquecer e deixar para lá, evitando mais sofrimento e o senso hipócrita.
Eu aqui nem sabendo o que escrever, o que falar, vazia de versos e conspirada com o proibido. Caso continue assim, desejo que as atitudes mudem e tudo se transforme, dando ao meu mundo uma mudança. A mudança que sempre peço. Algo bom, algo do bem, algo como dar alguém o que também não tenho. Felicidade.


Nayara Alvim.