terça-feira, 27 de março de 2012

Sombras de esperança

Me diz que é certo esquecer, me diz que é certo fugir, se acobertar, fingir que esta tudo bem. Tentar se iludir dentre certas oportunidades, relavando ao magnifico, ao melhor para acobertar feridas e tapar buracos com a peneira. Não é certo, não é justo.
Em meus pensamentos o passado vaga dia e noite, rodopiando entre círculos e avessos. Sempre tão nostálgico. A luz da lua, o brilho das estrelas, o desabrochar do sol, o adeus no fim de tarde da luz que ilumina o dia, tudo, pertencente a uma corrente interligada aquilo que mais temo fugir.
As vezes, uma sombra aparece diante do túnel frio e escuro em que me encontro, o coração vai a mil, uma chance, uma nova chance, um novo alguém. Mas não, é sempre mais um perdido que veio se juntar a mim, sofre de saudade, de coração.
- Seja bem vindo?!
O sorriso da alma se acoberta novamente como se nunca estivesse estado presente ali, ela tenta adormecer com rangidos de dor, se rachando a cada instante seguido pela apreensão, por falta de forças. Ela não consegue ficar em paz, se libertar. Quanta é só tristeza.
Uma espera eterna daquilo que sabe se lá se existe, sabe se lá se deve procurar. Existente apenas na imaginação fértil de fiapos de uma criança que sobraste ali. Um mito apenas.
Mas sempre ali, em alerta, com o coração em pequenas pulsações, fraco ao canto da vida.
-Esperança é sempre a ultima que morre- disse o eco de meus pensamentos.
- Não dessa vez- disse o fraco coração.

Nayara Alvim