sexta-feira, 17 de agosto de 2012


Desde sempre, meu eu

  Quando o vazio abomina minha fobia sóbria e ingenua não a nada que cure meu pesar, vivencio ataques irracionais. Levada a loucura e ao desespero manjo o corpo parado, domino parte do espirito que falta de luz. Alma vivida e bem vivida, sofrida ao destino concretizado, nada se compara a idade, o passar de anos se tornaram décadas. Os calos e cortes aparecem no corpo cansado, exaustivo da transição. Ao olhar os confins dos horizontes mais distantes peço ao tempo que leve daqui a dor da inquisição, que monte pedaços de mim apague-me de memórias. Que distorça tecidos selados e nós gastos dificultados ao tempo passado, abranja-me com a paz espiritual.

Lori Duchannes.