terça-feira, 27 de novembro de 2012

Um certo ninguém

Ando por ai vendo reflexos embaralhados... Na água, no café, na poça de água que encontro no jardim enquanto a chuva escassa trás o brisa fria, nos espelhos embaçados dos corredores vazios, em todos os lugares. Reflexos quebrados, a visão esta confusa, meio perdida, menos centrada. Não sei o que vejo ou se ainda vejo mesmo algo. A quietude permanece durante esses temporais, é melhor, não a nada a ser feito mesmo. Na macies do estofado ajuda a me acolher um pouco, sento, me encolho e viajo a mil em minhas confusões. Passa raiva, passa saudade, passa dor, passa felicidade, ate passar tudo e não sobrar nada. Vazio. Esta faltando uma parte, na qual sei o que é exatamente. Unica, complexa e valiosa, a que procurei por tempos sem saber que procurava, a que encaixou perfeitamente e fez o sentido no que precisava. Mas eu perdi... E por isso me embaralho novamente, me desentendo, me desconcerto. O tempo paira e os segundos não correm, ta difícil. Procurar a resposta mesmo já sabendo, tentar manter o que não a mais. Aceitar que a vida muda e as pessoas também. Mas você não, apanhando e apanhando. Faz parte. O drama comanda tudo ate tudo ser nada. E se perder e se perder, agora eu entendo e depois não.

Nayara Alvim

Nenhum comentário:

Postar um comentário